Vocês me conhecem e sabem: eu adoro pesquisar. Era final de julho quando o CNN Brasil falou sobre a mulher mais rica da Ásia. No início de 2022, Yang Huiyan tinha, aproximadamente, US$ 24 bilhões – você consegue imaginar o que é isso? Mas como nem tudo são flores, sua fortuna caiu para US$ 11 bilhões – vamos combinar, ainda assim é bastante dinheiro, não é?

Huiyan, que era considerada a mulher mais rica de todo o continente asiático, perdeu metade da sua fortuna devido à crise imobiliária da China. Vou contar melhor essa história para vocês aqui no meu site, o Blog da Kellyitz!

a mulher mais rica da ásia

Quem é Yang Huiyan?

Yang Huyian é uma empresária chinesa de 41 anos. Ela é responsável por controlar a Country Garden Holdings, a qual é a maior incorporadora de imóveis em vendas da China.

Em 1992, na cidade de Foshan, na província de Guangdong, seu pai, o Yang Gouqiang, fundou a empresa. Com o passar dos anos, transferiu a sua parte na marca para sua filha. Vida boa, não é?

Por que a fortuna de Yang Huiyan caiu tanto em 2022?

A mulher mais rica da Ásia, Yang Huiyan, perdeu metade da sua fortuna em 2022 – saindo de quase US$ 24 bilhões para US$ 11 bilhões. Conforme a crise imobiliária da China aumentava, mais ela perdia.

Huiyan acompanhou as ações de sua empresa perderem mais da metade do seu valor. A queda dos preços das casas, a redução na busca por imóveis pelos compradores e a crise de inadimplência afetou drasticamente o setor imobiliária da China.

De qualquer forma, Yang Huiyan permanece sendo a mulher mais rica do continente asiático – de acordo com os dados que obtive através do Bloomberg Billionaires Index. No entanto, a queda do seu patrimônio líquido diminuiu significativamente as diferenças entre as demais bilionárias chinesas – como Fan Hongwei, que dirige a Hengli Petrochemical, separadas por “apenas” US$ 100 milhões.

Isso nos mostra, claramente, que não é inteligente manter seu patrimônio em um único tipo de ativo.

Entenda o que está acontecendo na China

A imobiliária mais endividada da China é a Evergrande Real Estate Group Ltd. A marca deixou de margar os seus títulos em dólares americanos em dezembro de 2021 – depois de muito tempo apresentando problemas de liquidez. De lá para cá, mais desenvolvedores – reconhecidos no mercado – também procuraram por proteção dos seus credores, como as empresas Kaisa e Shimao Group.

A crise no setor imobiliário chinês tornou-se ainda mais grave nos últimos meses e milhares – eu disse milhares – de compradores insatisfeitos estão ameaçando parar de pagar as hipotecas se as construções não forem concluídas e entregues a tempo.

Outras companhias, como a Country Garden, também estão passando por um momento difícil em relação a liquidez. Em 27 de julho de 2022, essa desenvolvedora chegou a anunciar que vai vender as ações com um desconto de 13%, aproximadamente. Assim, levantaria US$ 361 milhões e, parte desse dinheiro, seria usado para pagar a dívida offshore da marca.

Um outro ponto que consegui avaliar durante as minhas pesquisas foi que, de acordo com alguns analistas da Capital Economics, toda essa abstenção voluntária das hipotecas vão ser uma grande ameaça – tanto para os desenvolvedores quanto para o próprio mercado imobiliário.

Logo, sem dinheiro, as empresas não têm capacidade de concluir as unidades pré-vendidas e, assim, os novos compradores vão sendo afastados.

Um relatório lançado na última semana de julho indica que, como os desenvolvedores não vão conseguir entregar as propriedades que já foram vendidas no período determinado, a estimativa da redução nas vendas de imóveis chineses é de 13 ainda em 2022 – o que vai piorar ainda mais a situação do setor imobiliário no país. Uma verdadeira ameaça econômica à China!

E aí, você conhecia essa história? A China é uma nação bizarra: comunista no Estado, mas com abertura econômica. É possível, portanto, prosperar no país; porém, a sua vida está na mão dos governantes, uma vez que eles determinam tudo o que acontece não só na vida pública, e sim na vida privada.

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